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Enquanto isso, com a legião que trouxera consigo e os soldados que haviam chegado da Província, César construiu um muro de 18 mil passos de comprimento, desde o lago Lemano, que deságua no rio Ródano, até o Monte Jura, que separa o território dos sequanos do dos helvécios. Ele fortificou o local com paliçadas para que ele pudesse impedir os helvécios caso tentassem atravessar contra sua vontade.

Reconstrução de uma paliçada romana no Muséoparc d’Alésia, França (https://commons.wikimedia.org/)
Quando os embaixadores retornaram, no dia combinado, César declarou-lhes que, conforme o costume do Povo romano, não poderia permitir que eles atravessassem pela Província, afirmando que os impediria se assim o tentassem pela força.
Frustrados com essa resposta, os helvécios construíram jangadas e barcaças, e tentaram atravessar o Ródano em diversos locais rasos, às vezes durante o dia, com mais frequência à noite. Mas eles foram impedidos pelas fortificações, pela mobilização dos soldados e por flechas, e desistiram de seus esforços.
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Restou-lhes apenas a rota dos sequanos, que não podiam usar devido à estreiteza do caminho e à oposição daquele povo. E, como não conseguiram persuadi-los por si mesmos, enviaram embaixadores a Dunorix, dos heduos, para que ele negociasse a permissão dos sequanos em nome deles.
Dunorix tinha bom trânsito entre os sequanos, devido a sua generosidade em subornos. Amigo dos helvécios e movido pela sede de poder, ele havia se casado com a filha de Orgetorix, daquela tribo, e buscava criar novas alianças e colocar o máximo de cidades sob a sua influência.
Dunorix aceitou a missão e convenceu os sequanos a darem passagem aos helvécios por seu território. Em troca de reféns, os sequanos concordaram em não impedir o caminho dos helvécios e os helvécios concordaram em atravessar pacificamente o país, sem causar danos.

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