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Guerras Gálicas, por Júlio César [1:7]

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Quando César foi informado de que os helvécios estavam tentando atravessar por nossa Província, partiu imediatamente e marchou o mais rápido que pôde para a Gália Transalpina, até alcançar Genebra. Lá, convocou o maior número de soldados possível (havia apenas uma legião na Gália Transalpina) e ordenou que a ponte de Genebra fosse destruída. 


Assim que souberam de sua chegada, os helvécios enviaram os mais nobres da cidade como embaixadores, tendo Nameio e Verucloécio como principais representantes. Eles disseram a César que planejavam viajar pela Província sem causar problemas. Afirmaram que não tinham outra rota e pediram a permissão de César para isso. 


Romanos sob o jugo. Pintura de Charles Gleyre, de 1858, sobre a vitória dos helvécios na Batalha de Agen, em 107 a.C. Cantonal Museum of Fine Arts, Suíça (https://commons.wikimedia.org/).


Mas César ainda se lembrava da morte do cônsul Lúcio Cássio e da humilhante derrota de seu exército nas mãos dos helvécios,* por isso não lhes concedeu permissão. Até porque não acreditava que homens tão hostis deixariam de cometer atos torpes caso lhes fosse dada a oportunidade de atravessar pela Província. Entretanto, para ganhar tempo e reunir os soldados que acabara de convocar, respondeu que precisava deliberar e que os embaixadores poderiam retornar para ouvir sua resposta nos idos de abril**.


_____________

* Lúcio Cássio Longino foi eleito cônsul junto com Caio Mário em 107 a.C. Nesse mesmo ano, ele foi morto em campanha na Gália. Seu exército foi derrotado na Batalha de Agen e humilhado pelos helvécios.

** Por volta do dia 13 de abril.

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