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Guerras Gálicas, por Júlio César [1:4-5]

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Essa conspiração foi revelada entre os helvécios que, de acordo com seus costumes, obrigaram Orgetorix a fazer sua defesa encarcerado, sob pena de ser queimado vivo. Mas, no dia marcado para sua defesa, Orgetorix reuniu seus homens para o julgamento – cerca de 10 mil, de todos os lados –, e também convocou seus credores, dos quais havia grande número, para que não fosse forçado a enfrentar tal julgamento. 


A cidade, inflamada com isso, tratou de impor sua lei pelas armas. As autoridades, então, reuniram grande número de camponeses e Orgetorix terminou morto, não sem a suspeita, por parte dos helvécios, de que ele mesmo tenha dado cabo de si.


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Após a morte de Orgetórix, os helvécios deram continuidade a seu plano de campanha e, quando consideraram estar preparados, queimaram todas as suas cidades – cerca de 12 delas –, mais 400 vilarejos e todos os demais edifícios privados. Também queimaram todo o cereal, exceto o que pretendiam levar consigo. Tudo isso para que, sem a esperança de retorno ao lar, o povo ficasse mais disposto a enfrentar os perigos da aventura. Ordenaram que cada cidadão levasse consigo provisões para três meses, e persuadiram os vizinhos raurácos, tulingos e latobrigos a fazer o mesmo: deixar suas cidades e vilarejos e partir com eles. Também aceitaram os boios como aliados, povo que vivia do outro lado do Reno e que migrara para a Noreia, depois de atacarem e saquearem ela.


Helvécios discutem a campanha de emigração. Ilustração de F. Ravel. (https://historiando.org/helvecios/).

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